What a Wonderful Day!
- Conrado paladini
- 31 de ago. de 2024
- 3 min de leitura

Que dia maravilhoso esse em que esbarrei com ‘Planeta dos Macacos: o Reinado’.
Hoje é tão difícil encontrar um filme que faz o que ele se propõe. Ele tem uma mensagem, ele tem aventura, e ele promove o entretenimento.
Resumindo, ele é um filme e não uma missa regida por um sacerdote imbecil, sem carisma e talento.
As atuações são boas, e eu posso dizer que me surpreendi com Freya Allan no papel de Mae. Kevin Durand é um ator que eu sempre gostei do entusiasmo e da paixão pela profissão, mas nunca o considerei ele um “ator de muitas faces”, mas posso dizer que sua voz em Proximus estava irreconhecível de uma forma positiva.
Owen Teague, que interpreta Noah, é um ator que eu conheço muito pouco, e só me lembro dele em The Stand, onde ele fez um bom trabalho, e nesse filme ele não decepciona. A coisa que mais me impressionou em ‘Planeta dos Macacos: o Reinado’ foram os personagens e como a trama os levou. Normalmente nós nos deparamos muito com cenários onde tudo foi um grande mal-entendido, e todos são inocentes dos seus crimes, como em Casa do Dragão ou The Acolyte, aqueles lixos intragáveis, contudo, em ‘Planeta dos Macacos: o Reinado’ eles fazem isso de uma forma bem única para os tempos atuais. Todos os personagens estão certos de acordo com seus pontos de vistas, e ao mesmo tempo fazem coisas erradas, o que torna eles humanos e críveis. Embora todos os lados sejam compreensíveis e possuam seus méritos, não dá aquela impressão que todos são bonzinhos e ninguém pode ser criticado. Proximus por mais que seja o antagonista, e brutal em suas ações, ele tem um ponto, e seus erros são naturais para alguém na sua posição. Mae por sua vez, por mais que esteja do lado do protagonista, não é um “primor de pessoa”, além de qualquer culpa ou erro, diferente das protagonistas femininas que recebemos hoje em dia. Ela é forte, inteligente, carismática, mas ao mesmo tempo possui falhas e defeitos. Já Noah, bem, Noah é inocente, e a história leva ele a endurecer e encarar as consequências de sua escolha, vendo que o mundo não é tão cor de rosa quanto ele imaginava. Essa maturidade em trabalhar os pontos de vista de cada um e o cuidado em mostrar o mérito e o motivador de suas ações é o que se destacou nesse filme para mim, principalmente na forma que eles abordam a humanidade.
Contudo, nem tudo é um mar de rosas, e esse filme não é uma exceção. Se eu tenho uma crítica mais pesada a fazer sobre ele é que ele falhou em avançar a história e o universo, e pode soar um pouco como mais do mesmo, ou simplesmente uma introdução a uma nova história. Eu esperava ver uma cultura mais avançada dos macacos, com um mundo moldado por eles. Sim, tem as lanças de choque (que eu não gostei), e tem a vestimenta do Proximus, mas em um geral faltou mais civilização nos macacos, para começar a se aproximar mais do Planeta dos Macacos no futuro. Eu esperava esse salto. Fora isso, o filme tem alguns erros menores, principalmente no que tange a tecnologia humana e como ela resistiu, mas eu não quero falar demais sobre isso para não estragar o filme para quem não assistiu.
No fim, o que eu posso dizer é que é um filme aproveitável, falta um pouco do carisma do César e do vínculo que tínhamos com sua jornada, mas ele se segura sozinho. Porém, caso você não seja um fã da franquia, esse filme dificilmente vai te agradar.
Muito bom, amigo!!!